sexta-feira, 29 de julho de 2011

História do Paraná!

WACHOWICZ, Ruy Christovam. História do Paraná. 5. ed. Curitiba: Ed. Graf. Vicentina, 1988. 275 p



O livro está estruturado em 21capítulos;

a)O Indígena Paranaense

Os índios sul americanos são divididos em quatro grandes grupos devido a sua cultura, os índios Paranaenses pertenciam a duas destas culturas, a tropical onde encontramos os índios tupi-guarani e a Marginal onde estavam inseridos os índios Gê.
Os índios tupi-guarani eram mais adiantados que os Gê, e nos influenciam até hoje, muito de sua cultura, vocabulário e alimentação permanecem em nossos costumes.

b)As reduções indu-cristãs no Guairá

Os colonizadores espanhóis começaram a ocupar o território paranaense na segunda metade do século XVI, quando o governador do Paraguai, Irala, resolveu fundar vilas na região do Guairá, estas vilas foram denominadas Província de Vera ou do Guairá. Os espanhóis designavam a pessoas de posses para conquistarem terras dos índios, catequizá-los e iniciá-los em algum oficio para que depois pagassem aos espanhóis uma taxa por esses serviços, elevando os índios a categoria de escravos. Guairá foi a primeira região a receber uma redução jesuítica para catequizar-se de maneira mais eficiente os índios.

c)Povoamento no litoral

Em 1534, D. João III dividiu o Brasil em Capitanias Hereditárias, o Paraná ficou dividido em quatro capitanias, Martin Afonso e Pero Lopes eram os donos, mas ambos desde a expedição de 1530 nunca mais retornaram.
O primeiro proprietário de terras do Aldo português, em território paranaense foi Diogo de Unhate, ficava sua sesmaria entre os rios Ararapira e Superagui. Os homens que antecederam na região eram mineradores que procuravam minas de ouro e prata, e conseqüentemente na se fixavam, porem a penetração dos portugueses na baía de Paranaguá foi retardado por causa da guerra que surgiu entre os portugueses e espanhóis. Com a descoberta do ouro muitos habitantes de Cananéia, São Vicente, Santos, São Paulo e até o rio de Janeiro, vieram para Paranaguá.
Cidades como Antonina e Morretes foram faiscadores de ouro. Morretes tornou-se uma via comercial por causa do rio Nhundiaquara. Os tropeiros que desciam de Curitiba para o Litoral começaram a fazer suas compras no porto de Três Morretes tornando-se desnecessário deslocarem-se até Paranaguá.

d)O Primeiro Ouro do Brasil
Portugal tinha um imenso desejo de encontrar ouro em sua colônia, mas as quantidades encontradas eram razoáveis. Mas com a descoberta de ouro em Cananéia, Iguape, Vale do Rio Ribeira inicia-se a fase de mineração no Paraná e no Brasil.
Em 1735 com a decadência do ouro as autoridades portuguesas recorreram a outro tipo de imposto a “captação”, para manter suas arrecadações. Foi a época que mais se arrecadou impostos, porém a população passou muita dificuldade.

e) As Origens de Curitiba

Em meados do século XVII no primeiro planalto haviam somente garimpeiros instalados sem nenhuma construção de pedra. Segundo Wachovicz conta uma tradição que, Soares do Valle, desentendeu com o governador de sua capitania em São Paulo e teve que fugir, acabou saindo nos Campos Gerais, escreveu uma carta ao seu sogro pedindo que trouxesse sua mulher e filhos, e isso de fato aconteceu, instalaram-se com uma pequena população as margens do riacho Atuba, por ser um lugar úmido pediram para que o Cacique da região indicasse um lugar melhor, o mesmo indicou, fincando uma vara no chão e nomeando de “Core-etuba”, “muito pinhão”, dessa expressão surgiria o nome da futura capital paranaense, e diz-se que vem daí a harmonia paranaense entre brancos e índios.

f) Ocupação dos Campos Gerais

A ocupação dos campos gerais foi vista como um negócio a ser explorado e dar lucro. A iniciativa de ocupação foi de Bandeirantes Paulistas, pertencentes a famílias importantes.
Para se obter uma propriedade nessa região, escolhia um de seus homens com alguns escravos, soltavam umas cabeça de gado e anos depois requeriam o direito a posse das terras a “El Rei” e solicitava a concessão da sesmaria, porém muitos nem moravam nas terras.

g) Ocupação dos Campos de Guarapuava

Com o Tratado de Madrid, a fronteira recuou da Linha de Tordesilhas até o rio Paraná. Porém em 1761, em virtude de contingências européias, Portugal e Espanha entraram em guerra, anulando o tratado de limites.
Havia interesse espanhol no litoral paranaense o que leva a construção de um forte na ilha do mal, porém sem muita colaboração parnanguara, pois com a decadência da mineração alegavam que seus moradores encontravam-se na miséria.
Afonso Botelho foi quem organizou diversas Bandeiras para conquistar terras castelhanas, em uma de suas expedições foi emboscado pelos índios até então amigos e pacíficos, para preservar a vida de seus comandantes preferiu-se recuar, e a conquista dessas terras foi deixada de lado durante 40 anos, até que com a vinda da família real portuguesa, o príncipe D. João, decide ocupar definitivamente os Campos Gerais e autoriza a concessão de sesmarias nos sertões paranaenses e a caça a escravidão de índios.
Franco e Horta conseguiu junto a Corte a criação de uma “Junta da Real Expedição e conquista de Guarapuava”, financiada por um novo imposto lançado no registro de Sorocaba, sobre o gado que transitasse sobre o caminho do Viamão.

h) Os Caminhos e o Tropeirismo

Em território atualmente paranaense, os primeiros caminhos terrestres tiveram sua origem com os indígenas. Depois de usados largamente pelos bandeirantes em suas caminhadas, transformaram-se com o decorrer do tempo em caminhos de tropas, pelo menos em largos trechos.
Vários foram os caminhos criados na época, bem como a estrada da graciosa que ligava Curitiba a Antonina; o caminho do Itupava que trata-se da travessia da escarpa desde Curitiba.
Os tropeiros eram pessoas de posses em sua maioria Barões muito importantes, desempenhavam por conta própria a atividade de correio, trazendo as notícias dos últimos acontecimentos aos vilarejos por onde passavam.
Apesar de lento o burro era utilizado para transporte pois são mais resistente à longas caminhadas e para suportar peso. Esse foi o transporte mais adequado para a época, pois não haviam estradas, o território era muito vasto e com inúmeras escarpas, rios e outros obstáculos, dificultando a passagem de qualquer transporte.
Muitos eram as inconveniências ocorridas por esse tipo de transporte bem como a fuga de animais acarretando em prejuízo para o dono, muito despesa para pouco lucro com cada animal pois alguns não conseguem transportar um grande volume de carga.

i) Emancipação política do Paraná

Em 1811, a comarca de Paranaguá foi a primeira a enviar ao príncipe D. João uma representação nesse sentido, onde Pedro Joaquim Correia de Sá mais adiante vê fracassada sua missão, mas de qualquer forma este foi em prol da emancipação da Comarca.
A “Conjura Separatista” foi uma nova tentativa de emancipação da Comarca em 1821, onde o Capitão Bento Viana colocou vários argumentos em prol da emancipação da Comarca, no dia 15 de julho de 1821 foi solicitado a nomeação de governador provisório, que governasse separadamente de São Paulo, porém o juiz não aceitou. Nada portanto foi conquistado com a “Conjura Separatista”.
Um importante tropeiro foi Paula Gomes, que empenhou-se na campanha de emancipação da 5ª Comarca de São Paulo, gastou parte de sua fortuna nesta atividade política, quando a emancipação veio em 1853 ele viu concretizado seu sonho: o Paraná tornou-se a mais jovem província do Império, e prosseguiu em sua vida de tropeiro.

j) Evolução da Província do Paraná

O período provincial no Paraná durou 36 anos , desde de 1853 até 1889, tiveram 41 presidentes da província caracterizando a instabilidade desses governos.
O período provincial pode ser dividido em dois períodos o primeiro de 1853 até a guerra do Paraguai e o segundo do término desta guerra até 1889, e é no segundo período que o Paraná consegue um aumento de sua autonomia.
Zacarias de Goes e Vasconcelos, foi o primeiro presidente da província, homem de visão foi quem conseguiu a confirmação da cidade de Curitiba como capital do Paraná.
Um importante fator de desenvolvimento da província foi a exportação da Erva-Mate, inicialmente considerada como “erva do diabo”, pelos jesuítas das reduções do Guairá, por que os índios atribuíram-lhe poderes de descontrole das emoções, após torna-se no esteio do Paraná até a década de 1920.

k) O Regime Democrata

Desde o início da exploração de cana-de-açúcar em solo brasileiro que se faz necessário mão-de-obra, inicialmente tentou-se utilizar a mão-de-obra indígena mas devido ao sedentarismo e impedimento dos jesuítas, tornou-se inviável essa utilização necessitando a utilização do escravo africano, mesmo ele sendo de mais difícil acesso e elevado custo.
Muitos foram os escravos que vieram para o Brasil indo principalmente para o Nordeste e na exploração das Minas Gerais, constituindo a maioria da população brasileira negra.
No Paraná porém, no século XVII o trabalho escravo existente baseava-se sobretudo no índio e também trabalhadores livres que não são empregados mas como membros de famílias numerosas ou pequenos posseiros, grande parte dos trabalhadores paranaenses eram escravos negros, mas não maciçamente como ocorreu no Nordeste.
O movimento abolicionista no Brasil começou após a guerra do Paraguai, e o Paraná ofereceu apoio a esta causa e assim em Paranaguá a “Sociedade Redenção Paranaguaense” e em Curitiba a sociedade “Ultimatum”, faziam até compras de negros para libertá-los, desta forma aos poucos, diminuía a porcentagem de escravos na Província do Paraná, até a abolição definitiva, a 13 de maio de 1888.
Com as leis restritivas à entrada de africanos muitos foram os europeus a virem para o Brasil tornando o país predominantemente branco.

l) Imigração

Em meados do século XIX o território Paranaense era mal povoado, até mesmo próximo à Curitiba.
Com a dificuldade em se conseguir escravos negros, era necessário substituir essa mão de obra, com vantagens. Para o Brasil não se tornar um país essencialmente negro o governo imperial acelera a imigração européia para o país.
A primeira iniciativa de se trazer imigrantes ao Paraná foi em 1829, com João da Silva Machado, que tinha a intenção de que com a atividade agrícola realizada pelos 238 alemães, que ali chegaram afugentassem o indígena Xokleng mais para a mata, diminuindo o ataque aos tropas do futuro Barão sofriam na região. Em 1833, uma nova leva de Alemães, em número de 100, para lá foi dirigida.
Em 1852, nas vésperas da emancipação política do Paraná, Carlos Perret Gentil, sem auxílio o suíço fundou na entrada da Baía de Paranaguá uma colônia com 35 imigrantes suíços e alemães , por causa de sua localização, o mar era seu único acesso, apesar de seu progresso inicial, a colônia não prosperou mas também não desapareceu completamente e hoje constituiu o município de Guaraqueçaba.
O Assungui foi uma colônia criada para o Paraná se igualar economicamente a Santa Catarina porém problemas de infra-estrutura fizeram com que essa colônia entrasse numa grande crise, Lamenha Lins assume o governo do paraná em 1875 e tem como sua principal meta de administração o problema imigratório da província, uma de suas principais medidas foi estabelecer os imigrantes próximos a Curitiba e com isso a mesma não sofreu mais crises de abastecimentos.
Em 1876 a possibilidade de receber 20000 imigrantes russos, Lamenha Lins já não estava mais no poder e suas teorias sobre a colonização já haviam sido deixada aos russos e já na primeira colheita percebeu-se que as terras eram impróprias e em levas dirigiam-se a pé a Paranaguá para abandonar o Brasil.
Em 1885 o então presidente Aufredo Taunay elogiou a política exercida por Lamenha Lins de 1875-75 e seu sucesso no abastecimento de Curitiba, em conseqüência estimulou o retorno da imigração polonesa ao Paraná.
Em 1907 com as “novas colônias federais” terras mais afastadas praticamente no centro do Estado foram atingidas, e o elemento humano nestas colônias foi o polonês, ucraniano e alemão. Após a primeira guerra mundial dentre as várias correntes migratórias dirigidas ao Paraná, nota-se o predomínio japonês, localizando-se principalmente no Norte do Paraná.
Nos campos gerais localizaram-se inicialmente os holandeses, em Palmeira a partir de 1951 localizaram-se os alemães menonitas e os Campos de Guarapuava também se fixaram um grupo de alemães refugiados da região do Danúbio.
Devido a tanta entrada de imigrantes europeus, a região sul do Brasil é uma região com características mais européias do que o Rio de Janeiro, Minas Gerais ou o Nordeste.

m)

Os ideais republicanos só tomaram força em 1988 com Vicente Machado, que queria decentralizar o poder às províncias.
O povo paranaense ficou alheio a discussões e aceitou a república sem se manifestar.
Os dois maiores partidos existentes no Império eram o liberal e o conservador, tiveram que se adaptar às novas circunstâncias.
Após 1892 rixas políticas deram início a mais bárbara das revoluções brasileira, insangüentando por um longo tempo vários estado do Brasil, ambos os grupos beligerantes receberam apelidos, os florianistas eram os “pica-paus” por causa do tipo de suas armas e os federalistas eram os “maragatos”, que significa “pessoas desqualificadas”.
Vários foram os confrontos entre esses grupos, houve a tomada de Paranaguá e Tijucas e o cerco a Lapa.
Após boatos verídicos da vitória dos federalistas entre a população de Curitiba o governador do Paraná Dr. Vicente Machado muda a capital do Paraná para Castro, sem segurança alguma Curitiba foi invadida pelos Maragatos os quais exigiam “impostos” para livra-los de saques.
Enquanto os maragatos conquistavam o Paraná, o Marechal Floriano Peixoto, organizava tropas em São Paulo para contra ataca-los, após alguns conflitos, os maragatos, temerosos de um ataque mais incisivo evacuaram as cidades de Paranaguá, Lapa e Curitiba, pois havia uma aproximação violenta dos florianista. Estes confrontos marcaram história principalmente pela crueldade com que aconteceram.

n) Ocupação dos Campos de Palmas e do Sudeste

Ocupados os Campos de Guarapuava surge a notícia que a região do Sudeste existiam outros campos propícios à pecuária.
No final do século XIX e primeiras décadas do século XX, o único meio de transporte do sudeste era o muar, e por ser de mais fácil acesso, os viajantes preferiam levar erva-mate para a Argentina, pois era basicamente descida, com isso os argentinos passaram a adquirir extensos territórios na região de fronteira.
O sistema de aquisição de terras que vigorava no sudeste no início do século XX era o de posse, os herdeiros de terras davam cartas de desistência de suas terras aos seus compradores, a terra era muito barata, não valia quase nada, eram trocadas por um cavalo, um boi gordo, uma espingarda, um pelego, etc.

o) Contestado: Brasil X Argentina
O Tratado de Santo Ildefonso, que definiu as fronteiras portuguesas e espanholas no Brasil em 1777. Por esse tratado ficou definido como pontos fixos e definitivos na fronteira, os rio Uruguai, o rio Paraná e um trecho do Iguaçu, porém nunca foram demarcadas com pedras para se saber exatamente onde eram essas fronteiras. Anos mais tarde a Argentina tentou ampliar o território contestado afirmando que o rio Chopim era na verdade o rio Jangada. Mas esse expediente não deu certo.
Precavendo um possível ataque argentino o Brasil instala próximo a área de conflito duas colonias agro-militares. Enquanto os brasileiros estudavam os planos de defesa da região os argentinos penetravam no Uruguai para extrair a erva-mate, muito abundante na região.
Em 1881, boatos de um possível ataque argentino provocou uma total debandada das populações das fazendas de Palmas.
Nessa época qualquer atividade de um dos lados era vista como suspeita pelo outro.
O primeiro governo republicano, chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, ainda instável, concordou que o território contestado fosse dividido meio a meio, isso foi comemorado na Argentina como uma autêntica vitória deles. Mas o Congresso Nacional Brasileiro rejeitou a divisão do território por 142 votos contra apenas 5.
Rejeitada a possibilidade de divisão do território contestado, voltou a vigorar o arbitramento.
O árbitro instaurado na época foi o presidente norte- americano Grover S. Cleveland que decidiu o Brasil como vencedor da região contestada.

p) Contestado: Paraná X Sta Catarina

Com a construção da ferrovia São Paulo-Rio Grande do Sul, que passava em pleno território contestado entre Paraná e Sta Catarina, as terras da região começaram a ficar valorizadas, e então em 1901, Santa Catarina entrou no Supremo Tribunal reivindicando todo o território Contestado como sendo seu. Colocou o Paraná no banco dos réus. A decisão do supremo ocorreu em 1904 dando ganho de causa ao estado de Sta Catarina, porém essas decisões não foram executadas de imediato, inflamando os ânimos de cidadãos de ambos os lados.
As lideranças do território entregue a Sta Catarina, negavam-se em aceitar a administração catarinense, chegaram a criar uma nova unidade da federação provisória, denominada “ Missões” com bandeira e tudo, o Paraná deu apoio a essa UF visando recuperar suas terras, Sta Catarina vendo que poderia ficar com um território reduzido faz um acordo com o Paraná, com isso as cidades de Palmas e Clevelândia voltam ao poder paranaense.
A região do contestado ficou abandonada, uma transformação era muito desejada, uma dessas transformações foi a construção da ferrovia que ligava São Paulo a Rio Grande do Sul, porém o país não tinha dinheiro para concluir a obra, passando a concessão a uma empresa norte-americana a “Brazil Railway Company”, em troca o pagamento seria 8 Km de cada margem da ferrovia. Como a região a ser concluída ficava na região do contestado muitos caboclos ali moravam, a empresa então decidiu “limpar” a área expulsando os caboclos de suas terras. Indignados com a situação que se encontravam os sertanejos almejavam um líder que os tirasse dessa situação e, eis que surgiu Miguel Lucena, que se intitulava o “monge” José Maria. Foram três os monges no Paraná, o primeiro já citado acima, o segundo foi Anaitás Marcaf o terceiro foi Miguel Lucena.

q) O Progresso do Estado

No início do regime republicano, já era o café o esteio da economia brasileira, a manufatura também ganhava espaço.
Inicialmente o pinho era utilizado somente pelos moradores do paraná, posteriormente ele passou a ser exportado, ultrapassou em importância a erva-mate.
Uma das maiores realizações feitas no período republicano foi a crianção da mais antiga Universidade brasileira. Influenciando e formando importantes dirigentes, atraindo pessoas de cidades vizinhas. Em 1950 a Universidade do Paraná foi federalizada.
Muitos eram os descontentes no estado do Paraná nesta época, mesmo com seu progresso notável, não existiam leis trabalhistas, a jornada de trabalho chegava a 14 horas por dia, inclusive sábado e domingos, e as mulheres mesmo exercendo a mesma função que os homens recebiam um salário inferior ao deles. Foi no ambiente conturbado que Getúlio Dornelles Vargas foi eleito presidente da República. No Paraná em 1932, o interventor Manoel Ribas assume o governo, onde ficou por 13 anos, sendo muito popular por seu modo prático de governar.

r) Oeste paranaense

Segundo o livro, o oeste do paraná está compreendido entre os Rios Guarani, Iguaçu, Paraná e Piquiri.
Vários eram as “obrages”, espécie de minifúndios para extração, em 1930, a população desses obrages ultrapassava 10000 habitantes, sendo a erva-mate o principal produto de exploração. Nesse mesmo período o mate entra em decadência e começa-se a exploração de madeira.
A falta de população brasileira no oeste ocasionava o predomínio da população Guarani e argentina, a própria língua falada era o espanhol, e o dinheiro que circulava era o peso, moeda argentina. Foi então que o atual interventor, Mário Tourinho, toma medidas para a nacionalização do oeste.

s) Norte Pioneiro

Vários foram as tentativas de ocupação do Norte Velho ou Norte Pioneiro, pois era preciso encontrar um caminho que ligasse o litoral ao Mato Grosso.
Várias foram as cidades abertas para a passagem desse caminho, bem como a colônia do Jataí, aldeamento de São Pedro de Alcântara e de São Jerônimo, povoamento do Valuto, Água de Prata, atual Jacarezinho, Boi Pintado, entre outras.
Ainda na época imperial da província do Paraná, interessava-se em ligar o litoral e a capital com esses novos grupos populacionais no Norte Pioneiro, para isso rodovias e ferrovias foram planejadas mas por falta de dinheiro não passaram de planos, porém são paulo já estava construindo a rodovia São Paulo- Rio Grande do Sul, ligando o Norte Pioneiro basicamente somente à Sorocaba em São Paulo. O café do Norte Pioneiro era raridade na capital. Enquanto isso muitas obras eram feitas para ligar o Norte do paraná com São Paulo. Com a criação em 1920 de uma estrada de ferro que foi denominada São Paulo- Paraná inaugurou-se uma nova etapa na história da colonização no Setentrião (norte) paranaense.

t) Norte Novo e Novíssimo

Lord Lovat, inglês influente, descobre a grande fertilidade das terras roxas da região de Cambará, e adquire terras em São Paulo e no Norte do Paraná, a fim de produzir algodão, fundaram as empresas “ Brazil Plantations'' E A “ Companhia de Terras Norte do Paraná, essa companhia teve a incumbência de continuar vendendo, em regime de pequenas propriedades agrícolas, todas as terras adquiridas de particulares e do Estado do paraná. Foi tão grande a movimentação de compra de terras, que em apenas um determinado ano a companhia chegou a vender 60000 alqueires.
Os ingleses colocaram a venda a companhia em 1944, foi adquirida por um grupo paulista levando agora o nome de “Companhia melhoramentos Norte do Paraná”. Foram cidades formadas por essas duas companhias: Londrina, Cambé, Rolândia, Arapongas, Mandaguari, Apucarana, Jandaia do Sul, Maringá, Cianorte, Umuarama, entre várias outras.

u) Os 3 Paranás

Na década de 1960 o Paraná pode ser considerado territorialmente ocupado. No Paraná Tradicional no século XVII o ouro foi escasso, sobraram dessa fase de ocupação núcleos populacionais esparsos, no litoral e no Planalto de Curitiba.
No final do século XVIII e parte do XIX os Campos Gerais detinham a hegemonia. Foi na sociedade campeira que aprimorou-se a pronúncia do centro-sul.
O Norte do Paraná o teve início de sua colonização na década de 1840, muitos venderam suas terras em Minas Gerais e vieram povoar a região entre Itararé e Rio das Cinzas.
Na década de 1950, uma nova frente pioneira penetrou em território paranaense, ocupando a maior parte do sudeste e parte do oeste paranaense.
A próxima etapa no desenvolvimento histórico-cultural do Estado é concluir a obra de integração das partes que formaram o Paraná num todo mais homogêneo.


Resenha do livro totalmente feita por mim!

Se vc chegou a ler até aqui em baixo muito obrigado!!

Um forte abraço!

Att Juliana Ferreira